As dimensões de Hacer. O resgate editorial de uma experiência cultural, pedagógica e política no litoral argentino (1967-1970)
DOI:
https://doi.org/10.60611/cche.vi22.254Palavras-chave:
Historia e historiografía educativa, prensa pedagógica, maestros autores y lectores, autoritarismo, giro archivísticoResumo
A revista Hacer. Publicación mensual para maestros (Rosário, 1967-1970) constitui uma experiência editorial esquecida dentro do campo da imprensa pedagógica argentina. Criada por docentes do litoral em um contexto de crescente agitação educacional e censura ideológica, sua proposta singular combinou atualização disciplinar, reflexão didática, design estético e compromisso político. Este artigo analisa a revista a partir de uma perspectiva situada, articulando contribuições do giro arquivístico, material e visual, e propõe sua abordagem como artefato pedagógico, cultural e afetivo. A partir da análise de seus 15 números —conservados no arquivo histórico da Biblioteca Vigil de Rosário— examinam-se três eixos: as trajetórias da equipe editorial; a materialidade gráfica e sua circulação; e as formas de interpelação ao leitorado. O estudo mostra como Hacer buscou se integrar a um processo de renovação da educação pública e da cultura profissional docente, sem escapar de múltiplos atravessamentos de classe, geracionais e próprios de um capital cultural. A figura do professor convocado encarna essas tensões: alguém que devia, ao mesmo tempo, ser um leitor refinado e atualizado, um ator reflexivo e um sujeito político disposto a abrir caminho em um gesto alternativo à tecnocracia, ao autoritarismo e à fragmentação do trabalho docente.
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